Por William Amaral
Nos dias atuais, os ritmos brasileiros ganharam vertentes, como sertanejo universitário e o funk ostentação. No caso deste último, foi criado em São Paulo como uma alternativa à lírica abordada pelo ritmo carioca, que citava essencialmente conteúdos relacionados com a criminalidade e com uma vida de sofrimento. Totalmente inspirado nos rappers americanos, grande parte dos representantes procura cantar sobre carros, motocicletas, bebidas e outros objetos de valor, além de fazerem frequentemente citações à mulheres e ao modo de como alcançaram um maior poderio de bens materiais, exaltando a ambição de sair da favela e conquistar os objetivos.
Um fato bastante curioso sobre tudo isso, é que a música que pode, indiretamente, ter gerado o movimento, foi a clássica "La Bamba", lançada originalmente em 1958 pelo cantor Ritchie Valens. Os versos “Yo no soy marinero, Yo no soy marinero, Soy capitán, Soy capitán, Soy capitán” ajudaram no culto ao poder da grana, que ganhou os EUA e tem feito escola no Brasil. Letras como “Eu sou patrão, não funcionário” do MC Menor do Chapa soam bem semelhantes ao recado dado por “La Bamba” há quase 60 anos.