domingo, 29 de junho de 2014

Dire Straits: a história por trás da música "Money For Nothing"


"Money for Nothing" é uma canção da banda Dire Straits, lançada em 1985 no álbum “Brothers in Arms”, e permaneceu durante três semanas em primeiro lugar nos EUA, tornando-se um dos maiores sucessos da banda. Na terra natal do grupo, o Reino Unido, a música atingiu a quarta posição nas tabelas. A canção ainda venceu o Grammy em 1985, na categoria de Melhor Performance de Grupo de Rock, mas o álbum “Brothers in Arms” acabou perdendo  para “No Jacket Required”, do Phil Collins.

Segundo o vocalista e guitarrista, Mark Knopfler, a inspiração para escrever a música veio dentro de uma loja de eletrodomésticos em Nova York. Ele e o baixista John Illsley estavam assistindo ao canal MTV sintonizado em algumas televisões da loja, quando ouviram um sujeito que trabalhava no local de camisa xadrez, botas e boné de beisebol, reclamar com o companheiro ao lado, que deveria ter aprendido a tocar algum instrumento musical, pois assim, não teria o árduo trabalho de ficar carregando caixas pesadas de um lado para o outro. E completou dizendo que os músicos é que eram felizes, pois ganhavam a vida de forma fácil, sem trabalhar. O cantor Sting contribuiu com o verso inicial "I want my MTV", como uma paródia de sua música, "Don't Stand so Close to me", e acabou surpreso quando viu seu nome como co-autor da canção. O videoclipe inovador, foi um dos primeiros a apresentar animação gerada por computador, feito através de uma estação de trabalho chamada Quantel Paintbox, que também criou a capa do álbum “The Miracle” do Queen em 1989. O videoclipe de "Money for Nothing", que foi eleito o melhor de 1986 no MTV Video Music Awards, foi dirigido por Steve Barron, o mesmo que dirigiu “Take On Me” do A-Ha e "She Blinded Me With Science” do Thomas Dolby.

25 anos após o seu lançamento, "Money for Nothing" foi proibida de ser transmitida publicamente no Canadá, depois de uma reclamação de um ouvinte de uma rádio local, acusando a canção de ser homofóbica, por causa do uso da palavra "faggot" (veado / maricas) três vezes na letra. (“Veja aquele "veado" com brincos e maquiagens... Aquele "veado" conseguiu seu próprio jatinho, aquele "veado" é milionário”). Nove meses depois, a proibição foi retirada, e a música voltou a ser transmitida por lá.

Vale lembrar que em 2007, a banda Reel Big Fish lançou o álbum “Monkeys For Nothin' And The Chimps For Free”, tomando como inspiração, um dos versos de "Money for Nothing".





sábado, 28 de junho de 2014

Kiss: o encontro inusitado com o Pato Howard


Os fãs de Nirvana, Kiss, Pearl Jam, Aerosmith, AC/DC, Led Zeppelin, Guns N’ Roses, Megadeth, Pink Floyd, The Smiths, Alice Cooper, Johnny Cash, The Beatles, e até mesmo os Raimundos, não têm do que reclamar, afinal de contas, tiveram o privilégio de poder curtir a sua banda predileta tanto no palco quanto em aventuras em revistas de quadrinhos. O quarteto de Liverpool, inclusive, conseguiu a proeza de juntar-se a grandes ícones do universo Marvel e DC Comics. Você pode ver todas essas conexões no link abaixo:

As conexões dos Beatles com os heróis da Marvel e DC Comics

A primeira banda a aparecer em uma revista de quadrinhos foi o Pink Floyd. A "The Pink Floyd Super All-Action Official Music Programme for Boys and Girls" apresentava o alter ego dos integrantes e era vendida em 1975 durante a turnê de "Wish You Were Here". Cada integrante tinha um capítulo, e Roger Waters, por exemplo, era um jogador de futebol. Em julho de 1977, foi lançada a revista da banda Kiss pela Marvel Comics, e trouxe o sangue dos quatro integrantes misturado junto com a tinta. Os vilões a serem derrotados nessa primeira aventura, eram ninguém menos que o temível Dr. Destino, e o príncipe das trevas, Melfisto. O sucesso foi tanto, que a  revista foi a mais vendida da Marvel de todos os tempos, sendo superada somente quinze anos depois, quando foi ultrapassada pela revista “Spiderman #1”, de Todd McFarlane. Mas na realidade, a primeira aparição em uma revista de quadrinhos de Gene Simmons (The Demon), Paul Stanley (The Starchild), Ace Frehley (The Spaceman) e Peter Criss (The Catman) foi em “Howard The Duck  #12 e #13”, também da Marvel, e que mostrava as desventuras de um pato humanóide de péssimo temperamento, preso em um mundo dominado por humanos. Vale lembrar que em 1986, O Pato Howard ganhou uma versão para o cinema, onde juntamente com a Rockstar "Beverly Switzler" (interpretada pela atriz Lea Thompson), tentavam vencer um perigoso alienígena que veio com a missão de dominar o nosso planeta. No entanto, parece que dessa vez não deu certo a mistura de Howard com o Rock, pois o longa-metragem acabou ganhando o prêmio “Framboesa de Ouro” como pior filme. Para outros, no entanto, ganhou fama de filme “cult”. Será que o Kiss conseguiria salvar esse filme?











quarta-feira, 25 de junho de 2014

Black Sabbath: a mulher de preto do primeiro álbum virou punk?


Em 1970, o Black Sabbath lançou seu primeiro álbum de estúdio, homônimo ao nome da banda, já com uma interessante polêmica na capa. Quem é a mulher de preto que aparece na frente do moinho de Mapledurham Watermill, no condado inglês de Oxfordshire?  É um mistério até hoje e nem mesmo seu nome é sabido.

Em 1994, a banda Green Day lançou seu terceiro álbum de estúdio, “Dookie”, e trouxe na arte da capa, a mesma mulher sinistra do moinho (ao lado do verso "What is this that stands before me?"), que pertence a canção homônima ao nome da banda. Feita pelo ilustrador Richie Bucher, apresentava também uma versão gorda de Elvis Presley e Angus Young, do AC/DC, com sua guitarra no topo de um prédio, na mesma pose em que ele aparece na capa do álbum "Let There Be Rock".






terça-feira, 24 de junho de 2014

The Beatles: as conexões dos “Fab Four” com os heróis da Marvel e DC Comics


Em 1965, a banda "The Beatles" lançou seu segundo filme, “Help!”, que trouxe uma aventura surreal onde o quarteto era perseguido por membros de um culto indiano que queriam se apossar do anel de Ringo Starr. Foi filmado em Londres, Bahamas e Alpes Suíços, e dirigido por Richard Lester, o mesmo do outro filme da banda (A Hard Day's Night – 1964) e posteriormente, Superman II (1980) e Superman III (1983). Existe uma cena no filme, onde Paul McCartney aparece tocando órgão, que se você reparar bem, notará que no lugar da partitura, há uma série de histórias em quadrinhos, todas elas da DC Comics e relacionadas com o Superman. São elas: Action Comics 304 (Sep. 63), 311 (Apr. 64) e 314 (Jul. 64), Superman 165 (Nov. 63) e 166 (Jan. 64 ), e Superman’s Pal Jimmy Olsen 65 (Dec. 62), 67 (Mar. 63) e 75 (Mar. 64).








Há um desenho do Superman (com um "B" em seu peito) no livreto da Magical Mystery Tour...

Os quatro integrantes da banda podem ser vistos como convidados no casamento de Sue e Reed Richards, nesse desenho feito por Alex Ross para a série Marvels.


Em X-Men Unlimited 30, uma homenagem à capa do disco "Abbey Road", de 1969.


Em X-Men 7, uma homenagem à capa do disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", de 1967.


Em 1970, brincando com a história da suposta morte de Paul McCartney, o tema foi abordado de forma irreverente por Neal Adams na capa de Batman 222, onde Robin segura um álbum com a mesma posição em que os Beatles aparecem na capa de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", sendo que Paul está de costas. Batman pergunta: "Um deles está morto, quem será? Robin, tentando descobrir quem é o clone, responde: "A pista está na capa desse álbum!".




segunda-feira, 23 de junho de 2014

Scorpions: a história por trás da música “Wind of Change”


“Wind of Change” foi lançada em 1990 no álbum “Crazy World” e inspirou-se nos "ventos de mudança" que atingiam a Europa com o término da Guerra Fria, o desmembramento da União Soviética, e a queda do Muro de Berlim. Em 1989, a banda se apresentou no “Moscow Music Peace Festival”, um evento que visou promover a paz no mundo e estabelecer a cooperação internacional na luta contra às drogas naquela região. Além do Scorpions, também marcaram presença bandas como Bon Jovi, Cinderella, Skid Row, Mötley Crüe e Ozzy Osbourne. O guitarrista Rudolf Schenker ficou bastante impressionado com a quantidade de russos que estavam curtindo as canções dos Scorpions, apesar de ser uma banda alemã. O vocalista Klaus Meine disse ao NME:

"Todo mundo estava lá: o Exército Vermelho, jornalistas, músicos da Alemanha, da América, da Rússia, o mundo inteiro em um único barco. Foi como uma visão, todo mundo estava falando a mesma língua, e foi uma vibração muito positiva. Aquela noite foi a inspiração básica para “Wind Of Change”.

A banda também gravou uma versão em russo da música, sob o título “Ветер перемен” (Veter Peremen), e uma versão em espanhol chamada “Vientos de Cambio”. Com relação a letra, Moskva é o nome do rio que atravessa Moscou (a cidade e o rio são nomeados de forma idêntica em russo) e Gorky Park, é um parque de diversões que recebeu esse nome em homenagem a Maxim Gorky, um escritor comunista famoso. “Balalaika” é um instrumento de cordas muito popular na Rússia, semelhante a uma guitarra.

Vale lembrar que em 2013, o ex-baixista Francis Buchholz concedeu uma entrevista para o site Metal Express Radio, e dentre os muitos assuntos abordados, fez uma revelação bastante curiosa a respeito dessa canção:

“Quando gravamos a faixa, a gravadora me telefonou e disse: “Podemos mudar Wind of Change? Podemos tirar o assobio? Não é Rock N’ Roll isso pra gente nos EUA, entende? Vocês podem pôr uma guitarra?”. Daí eu fui até Klaus [Meine] e disse: “Klaus, podemos tirar o assobio? Eu não gostei...”. Eu não era muito chegado naquilo de qualquer modo. Nós ficamos discutindo a respeito do assunto e ele ficou muito furioso. Então o assobio permaneceu e a música tornou-se um grande hit na Europa, mas não foi muito executada nas rádios dos EUA.”





sábado, 21 de junho de 2014

Heart: a história por trás da música “Alone”


“Alone” é uma canção lançada em 1987 no álbum “Bad Animals” e foi composta por Billy Steinberg e Tom Kelly, os mesmos compositores responsáveis por grandes hits como “So Emotional” – Whitney Houston, “Like A Virgin” – Madonna, “Eternal Flame” – The Bangles, “True Colors” – Cyndi Lauper e "I'll Stand By You", uma parceria da dupla com Chrissie Hynde, líder da banda The Pretenders.

A história de “Alone” começa em 1983, quando Steinberg e Kelly resolveram fazer um projeto chamado I-Ten, e lançaram o álbum “Taking a Cold Look”, co-produzido por Keith Olsen e Steve Lukather, e que contava com “Alone” em seu repertório. O projeto não fez sucesso e as músicas foram esquecidas dentro de uma gaveta, até que eles souberam que a banda Heart estava a procura de uma balada para colocar no novo álbum, e entregaram a referida faixa. Na versão original, a letra dizia “I always fared well on my own”, mas na versão que foi entregue para a banda das irmãs Wilson, a letra já trazia “Til now, I always got by on my own” e uma significativa mudança na melodia que acabou beneficiando o estrondoso refrão, causando muito mais impacto. Vale lembrar que essa canção ficou três semanas consecutivas em primeiro lugar na Billboard Hot 100 e alcançou a terceira posição no Uk Singles Chart. Uma versão acústica pode ser degustada no álbum “The Road Home”, lançado em 1995.

Vale lembrar que “Alone” apareceu em 2006 na série policial “Cold Case”, como tema de encerramento do episódio “Lonely Hearts”, e em 2009, foi executada no comercial da rede de lanchonetes “Burguer King”, em uma versão interpretada pela cantora Debbie Gibson.




domingo, 15 de junho de 2014

Whitesnake: polêmica capa do álbum “Lovehunter” foi inspirada por outra obra?


Lançado em 1979 pela banda britânica Whitesnake, o álbum “Lovehunter” pode ser considerado como o primeiro degrau que fez a banda alcançar uma certa importância no cenário Rock. Não estou dizendo que abriu novos caminhos, mas deu-lhes a direção certa para a construção do enorme sucesso internacional. Comercialmente, o álbum teve seus altos e baixos, mas a faixa que abria os trabalhos (Long Way From Home), sem dúvida nenhuma, é uma das melhores canções de amor que a banda já lançou, na humilde opinião desse redator.

A arte da capa desse álbum gerou, na época do seu lançamento, uma certa polêmica por causa de uma ruiva deliciosa, completamente nua, montada sobre uma cobra gigante (por que será que não escolheram uma cobra branca?). O artista responsável por tudo isso foi Chris Achilleos, um ilustrador cipriota, muito conhecido pelos seus trabalhos no ramo da ficção científica, como por exemplo, em dois clássicos do gênero: Doctor Who e Star Trek. Um fato interessante sobre a capa de “Lovehunter”, é que uma ideia semelhante tinha sido usada três anos anos para a capa do álbum “Sarabande”, de Jon Lord. Teria Achilleos se inspirado nessa obra?




sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sexta-Feira 13: Jason Voorhees e Alice Cooper unidos por uma causa


Quem não se lembra do famoso acampamento “Crystal Lake”? Foi lá que tudo começou, e transformou essa franquia de filmes em um tremendo sucesso para os fãs do gênero de horror. Jason Voorhees, o assassino da máscara de hóquei, e com sérios problemas mentais, ressuscita para vingar a morte de sua mãe, que trabalhava no referido acampamento como cozinheira e foi morta por uma adolescente, depois de um surto psicótico.

Alice Cooper deu uma grande contribuição, colocando três músicas como trilha sonora dessa carnificina generalizada. Em “Jason Lives: Friday the 13th Part VI”, podemos ouvir na trilha sonora do filme as seguintes canções: “He's Back (The Man Behind the Mask)" e "Teenage Frankenstein", ambas lançadas em 1986 no álbum “Constrictor”, e "Hard Rock Summer", do seu boxset “The Life and Crimes of Alice Cooper”, lançado em 1999.

Vale lembrar que o início da década de 80 não foi nada fácil para Alice Cooper, lutando muito contra os abusos de álcool e lançando alguns álbuns decepcionantes. A ideia de juntar ele com o personagem principal de “Sexta-Feira 13” foi genial, já que ambos haviam tido um sucesso considerável, mas tinham começado a perder popularidade com seu público-alvo e, tanto o single e o filme, tinham a intenção de dar-lhes um novo sopro de vida. E o resultado foi melhor do que se esperava.




segunda-feira, 9 de junho de 2014

Bon Jovi: nome de famoso álbum foi escolhido em clube de striptease


Slippery When Wet é o terceiro álbum de estúdio da banda Bon Jovi, lançado em 1986, com grandes sucessos como "You Give Love a Bad Name", "Livin' on a Prayer", "Wanted Dead or Alive" e "Never Say Goodbye".

O tecladista David Bryan contou de que forma foi escolhido o nome do álbum: "Durante a gravação do disco, nós frequentemente íamos a um clube de striptease (No. 5 Orange Stripclub em Vancouver - Canadá) onde belas garotas passavam água e sabão umas nas outras. Elas ficavam escorregadias por causa disso, e você não podia segurar mesmo que quisesse muito. “Escorregadio quando molhado!!” - um de nós gritou, e o resto da banda automaticamente já sabia: esse tinha que ser o título do novo álbum! Inicialmente nós íamos pôr uma foto de uns belos peitos, uns realmente grandes, na capa; mas quando o PMRC (uma comissão de moral sob o comando de Tipper Gore, esposa do senador e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore) descobriu, tivemos alguns problemas. Então decidimos pôr uma capa bem decente."

Esse álbum é considerado um marco na história do Rock e a música "Livin' on a Prayer", uma das canções mais empolgantes do século XX. Para quem se encantou com a linda história de amor entre o casal “Tommy” e “Gina”, conheça todo o mistério dessa famosa canção no link abaixo:

A história de "Tommy" e "Gina" em "Livin' on a Prayer"

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Prostitutas: 3 das mais famosas e devassas do cenário Rock


Em 1978, a banda “The Police” lançou a música “Roxanne” e a letra relatava o ponto de vista de um homem que se apaixona por uma prostituta. Sting se inspirou nas várias em que avistava perto do hotel em que a banda ficou hospedada na cidade de Paris (França) em outubro de 1977 por conta de umas apresentações no Nashville Club. O título da canção vem do nome do personagem na peça "Cyrano de Bergerac", em um cartaz velho que estava pendurado no saguão do hotel.

Uma curiosidade a respeito dessa canção, é o estranho acorde de piano seguido de uma risada logo aos quatro segundos, fato esse que foi gerado por um pequeno descuido na hora da gravação. Sting não percebeu a tampa aberta e ao sentar no piano, tocou essa nota com a própria bunda. Optaram por deixar o erro na gravação original.

Vale lembrar que em 2006 a banda Arctic Monkeys lançou a música "When the Sun Goes Down" sobre o ponto de vista de um indivíduo que se mostra preocupado ao ser assediado por uma prostituta e utilizou na letra o verso "and he told Roxanne to put on her red light," em uma referência à música do The Police, que envolve a mesma temática.

Dois anos após Sting & Cia. darem vida para “Roxanne”, o Iron Maiden iniciou uma saga sobre uma prostituta que fazia ponto na Avenida Acacia 22 e cobrava quinze libras pelo serviço completo (cinco para as preliminares e dez para o principal). Ela atendia pelo nome de Charlotte e foi representada em quatro músicas da banda: Charlotte the Harlot” (1980), “22 Acacia Avenue” (1982), “Hooks In You” (1990) e “From Here To Eternity” (1992). Para saber mais a respeito da saga dessa “heroína”, acesse o link abaixo:

A saga da "heroína" Charlotte

Em 2000, a banda Capital Inicial trouxe no projeto “Acústico MTV”, a história de uma garota (Ana Paula) que fugiu de casa abandonando os pais e o namorado em busca de uma vida fácil nas ruas. Se envolveu com álcool, drogas, roubo de carros e acabou se prostituindo para sustentar o seus vícios. Passou a andar com carteira falsa e adotou o nome de guerra “Natasha”, usando salto quinze e saia de borracha. Belíssima canção retratando a dura realidade das mulheres que largam tudo em busca de sustento para seus vícios sem pensar nas conseqüências geradas pelo impulso. (“Um passo sem pensar, um outro dia, um outro lugar...”)

Se alguém conhecer mais alguma canção que se enquadre nessa matéria, favor citá-la nos comentários.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Metallica: 3 belas canções inspiradas pelos Mitos de Cthulhu


Em 1984 a banda lançou o álbum "Ride the Lightning" com uma música instrumental chamada "The Call of Ktulu". A respeito dessa canção, temos algumas curiosidades: o nome inicial era "When Hell Freezes Over" e acabou no final com quase o mesmo nome do conto de onde partiu a inspiração: "The Call of Cthulhu", do escritor H. P. Lovecraft, e publicado na revista Weird Tales em 1928. A troca de “Cthulhu” por “Ktulu” teria sido motivada por uma passagem relatada no conto onde dizia que mencionar o nome “Cthulhu” (verbal ou escrito) trazia o monstro para perto. Por via das dúvidas, resolveram não arriscar. Bela sacada! Vale lembrar que essa é a última canção em que aparece o nome de Dave Mustaine nos créditos.

Em 1986 a banda lançou o álbum “Master of Puppets” e a música "Thing That Should Not Be" veio inspirada em outro conto de Lovecraft: “The Shadow Over Innsmouth”, publicado em 1936.

Em 2008 a banda lançou o álbum “Death Magnetic” com mais uma música inspirada nos Mitos de Cthulhu: “All Nightmare Long”. O ponto de partida foi o conto “The Hounds of Tindalos”, criado pelo escritor Frank Belknap Long em 1929 e mais tarde incorporado ao universo de H. P. Lovecraft, quando mencionou a criatura no conto "The Whisperer in Darkness", publicado em 1931. James Hetfield declarou em uma entrevista para o Jam! Music que o refrão dessa música foi uma sobra do trabalho anterior, o álbum "St. Anger", lançado em 2003.


terça-feira, 3 de junho de 2014

Iron Maiden: O que “Brave New World” tem em comum com Strokes, Pitty e Zé Ramalho?


A resposta é bastante simples: Todos beberam da mesma fonte e utilizaram em seus trabalhos referências do livro “Admirável Mundo Novo”, publicado em 1932 pelo escritor Aldous Huxley, que narra um hipotético futuro onde as pessoas são condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. A droga “Soma” é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo.

Em 1979, o cantor Zé Ramalho lançou a música “Admirável Gado Novo”, que cita, de forma subjetiva, vários conceitos contidos no livro de Aldous Huxley. O gado referente na canção é o povo brasileiro, que apesar de manipulado facilmente por políticos e pela mídia, nunca perde a alegria de viver.

Em 2000, a banda Iron Maiden lançou seu 12º álbum de estúdio, “Brave New World”, que trazia tanto na capa quanto na canção homônima ao título do álbum, referências ao livro de Huxley. A arte final dessa maravilhosa capa ficou a cargo de Derek Riggs (a nuvem Eddie) e Steve Stone (a cidade futurista).

"Wilderness house of pain, makes no sense of it all
Close this mind dull this brain, Messiah before his fall
What you see is not real, those who know will not tell
All is lost sold your souls to this brave new world"

Em 2001, a banda de Indie Rock originária de Nova York, The Strokes, lançou o álbum “Is This It”, e trouxe a droga “Soma” dando nome para a faixa de número 3.

"Soma is what they would take when
Hard times opened their eyes
Saw pain in a new way
High stakes for a few names
Racing against sunbeams
Losing against their dreams"

Em 2003, a cantora Pitty lançou seu primeiro álbum de estúdio, “Admirável Chip Novo”, e tanto no título do álbum, quanto nas músicas, percebe-se claramente a influência do texto de Huxley. A canção homônima ao título do álbum fazia uma dura crítica sobre a nossa sociedade, e como o povo está totalmente alienado e aceitando tudo que a mídia impõe.

"Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluido em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado"


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Guns N’ Roses: O duelo entre "Sweet Child O' Mine" e "Welcome To The Jungle" no cinema


Várias músicas da banda Guns N’ Roses já deram o ar da sua graça em trilhas sonoras de filmes, sendo algumas delas bastante emblemáticas, como no caso de “You Could Be Mine” em “O Exterminador do Futuro 2”, que ficou muito mais marcante por causa do videoclipe, onde o ator Arnold Schwarzenegger aparece  interpretando o Exterminador, que invade um show da banda com a missão de assassinar Axl Rose. Mas nenhuma delas tocou tantas vezes como "Sweet Child O' Mine" (oito vezes) e "Welcome To The Jungle" (seis vezes), sendo que essa disputa poderia estar com uma diferença menor se não ocorresse mais uma das intermináveis crises de egos entre os ex-integrantes da banda e Mr. Rose. Acontece que Slash tentou colocar “Welcome To The Jungle” na trilha sonora de “Black Hawk Down” (Falcão Negro em Perigo) de 2001, mas Axl Rose negou, dizendo que apenas concederia os direitos da canção, se ela fosse regravada pelos novos membros da banda, fato esse que tiraria os royalties dos antigos membros. A música acabou não entrando no filme.

"Sweet Child O' Mine" pode ser ouvida em “Bad Dreams” (1988), “State of Grace” (1990), cantada pela cantora Sheryl Crow no filme “Big Daddy” (1999), “The Wrestler” (2008), cantada a cappella pela família de Derek no filme “Step Brothers” (2008), foi usada no trailer do remake de “The Last House on the Left” (2009), cantada por Taken by Trees (projeto solo da cantora Victoria Bergsman) no filme “Life As We Know It” (2010) e em “Gulliver's Travels” (2010).

Já "Welcome To The Jungle" pode ser ouvida em "The Dead Pool” (1988) - Quem não se lembra da famosa cena de Jim Carrey interpretando Axl Rose? Se não lembra ou não viu, você poderá conferir o vídeo no final da matéria. Um fato curioso a respeito desse filme, é a aparição dos integrantes da banda (Axl Rose, Slash, Duff McKagan, Steven Adler e Izzy Stradlin) em duas cenas - ,"Lean On Me" (1989), "The Program" (1993), “Selena” (1997), “Remember The Titans” (2000) e “Megamind” (2010).