Em uma entrevista exclusiva para o blog "Ogro do Metal", Fernanda Hay respondeu algumas perguntas sobre o seu início na banda, influências musicais, e até mesmo, sobre um possível ensaio de nu artístico. Confira.
Ogro: Olá Fernanda! É um prazer ter você no "Ogro do Metal". Seja bem vinda!
Fernanda: Imagina, o prazer é meu!
Fernanda: Espetacular? Uau, obrigada! Bom, na verdade foi e não foi, eles me mandaram e-mails e eu sempre demorava muito pra responder, até um dia que fui fazer um teste. Acho que nunca havia cantado tão mal na minha vida como no teste (risos), fiquei muito impressionada com a qualidade dos músicos, eles tocam demais e fiquei triste por ter mandado tão mal, mas no fim, acabaram confirmando minha entrada na banda logo no dia seguinte.
Ogro: Quais são as suas maiores influências e artistas preferidos na música?
Fernanda: Sem dúvidas a banda que mais me influenciou para entrar na música foi Iron Maiden, depois do primeiro CD que eu escutei deles (The Best Of The Beast), quando tinha 7 ou 8 anos, comprei meu violão e sonhava em me tornar uma mega guitarrista, mas não teve jeito, cantar sempre me perseguiu e acabava deixando meus instrumento de lado e ia para a frente do microfone nas bandas em que eu formava. Fora Maiden, as bandas que mais marcaram minha vida foram Pink Floyd, Dream Theater e Angra. Quanto às influências, fora o Bruce, também Etta James, Dio, Nina Simone, Freddy Mercury... Difícil escolher, sempre escutei a muita música e a muitos artistas.
Fernanda: Difícil também, há tantas músicas fantásticas! Hallowed Be Thy Name, do Maiden é uma das que marcou minha vida, tenho inclusive um trechinho dela tatuado! Sempre quis cantar num show The Great Gig In The Sky do Pink Floyd. Mas não tem muito a ver com a Overdrive, ultimamente tenho escutado muito Alter Bridge também, há diversas músicas deles que eu adoraria cantar!
faixa "Love Tricks". É algo que pretende explorar nos próximos trabalhos? Como você lida com o rótulo de "Musa do Rock"? Aceitaria posar nua em alguma revista masculina?
Fernanda: Quantas perguntas, vamos lá, uma por uma. Se eu te contar que a proposta inicial do clipe da Love Tricks era uma comédia, você acredita? Acabou que esse roteiro não deu muito certo e fomos para outro lado, que também teve suas reviravoltas inclusive! (risos) No fim ficou o que ficou e estamos bem felizes com o resultado! A música pede um clima mais sensual, fala de um eu lírico se descobrindo sexualmente e se libertando de paradigmas e amarras no que diz respeito à sua sexualidade. Quanto a explorar esse lado nos outros trabalhos, bom, se escrevermos uma música que aborde esta temática novamente, acho natural que o clipe ilustre o cenário musical, com certeza incluiria a sensualidade, as brincadeiras com a câmera... O importante é ilustrar a ideia que se quer ilustrar. Vivemos num mundo (ocidente) teoricamente tão livre, me choca que as pessoas se choquem com este tipo de abordagem, é algo completamente natural E necessário na história da humanidade, jogos de sedução, conquista, descoberta, procriação... Faz parte!
Ainda acho estranho quando falam “Musa do Rock”, será? (risos) Sou meio envergonhada para elogios também, mas fico bem feliz. Tenho recuperado minha autoestima e me permitido cuidar não só da minha mente mas também do meu corpo. Já pesei 98Kgs e costumava ser a gordinha nerdona, metaleira, viciada em Star Trek do colégio, continuo com os outros vícios, mas troquei comida por academia e claras de ovo! (risos)
Posar nua? Nunca posei nua, acredito que eu não tenha problemas com o nu artístico se for justificado, mas acho que não me sentiria confortável em uma revista masculina. Provavelmente não aceitaria.
Fernanda: Com certeza feliz eu não fico, mas há diversas variáveis que não são incluídas nessas pesquisas. Acredito que o maior público de rock em geral, não é um grande consumidor de rádios. Além disso, o rock é um gênero de revolta, de buscas, de quebras de paradigmas e quebra de padrões preestabelecidos pela sociedade em geral, infelizmente, no nosso país uma grande maioria vive uma realidade em que seu maior objetivo é se encaixar no sistema ou para conseguir ter uma vida “digna” (do que chamam) ou para se encaixar em padrões e ser “aceito”. É um assunto longo e que com certeza não pode ser devidamente desenvolvido em um parágrafo sem deixar buracos, mas o rock tanto na sua temática como na sua sonoridade, vai contra essas características citadas, é natural que essas pessoas não se identifiquem com o estilo. Se você está conformado com tudo, dificilmente você é um apreciador do estilo.
Fernanda: Há um novo álbum da Overdrive a caminho. Lançamos agora, no dia 27/02 um novo videoclipe e também haverá diversas gigs ao longo do ano. Sem dúvidas, 2015 será um grande ano de realizações! Fora a Overdrive, estou gravando com um projeto de São Paulo, mas ainda não posso falar a respeito, cabe a vocês ficarem ligados e aguardarem as novidades! Muaaahahaha
Ogro: Fernanda, muito obrigado pela entrevista! Sinta-se à vontade para deixar algumas palavras para os fãs.
Fernanda: Imagina, grata pelo convite! Aos fãs aquele -MUITO OBRIGADA- imenso, vocês são incríveis!! A cada novo trabalho, fico ainda mais animada sabendo que vocês estarão aí do outro lado aguardando novidades e que teremos este contato direto ou indireto através da música, dos palco e da vida!! VOCÊS SÃO F*$@!!! Para quem ainda não viu o novo videoclipe, corre lá no canal da banda!!
KEEP OVERDRIVING! \,,/
