Em 1980, o publicitário Roberto Medina conseguiu promover um show histórico de Frank Sinatra no Maracanã, com um público de 175 mil pessoas. Talvez muitas pessoas não saibam, mas depois disso, a história do Rock In Rio estava, de fato, prestes a sair do papel.
O histórico do país naquela época não era dos melhores. Os empresários brasileiros desse mercado tinham fama de não cumprir os acordos comerciais dos contratos e cancelar shows sem alegações plausíveis. Em 1981, depois de tocar em São Paulo, o Queen teve o show no Maracanã cancelado em cima da hora por ordem do então governador Chagas Freitas, que achava a performance de Freddie Mercury inadequada para a família brasileira. Em 1982, boa parte dos equipamentos do Kiss foram roubados, e a banda The Police, levou calote em um show no Maracanãzinho.
Com tudo isso, diversos artistas passaram a não receberem produtores brasileiros para reuniões. Medina fez 70 reuniões em 45 dias para convencer as grandes bandas a tocarem em 1985. Ouviu 70 “nãos”. Só conseguiu convencê-las com a ajuda do empresário de Frank Sinatra, Mickey Rudin, que lhe agendou uma entrevista coletiva com a nata da mídia musical dos Estados Unidos. O primeiro a acertar sua vinda foi Ozzy Osbourne. Depois o Queen. Nesse momento, o jogo virou, e bandas consagradas se voluntariaram para vir ao Brasil.
Confira abaixo cinco super curiosidades da primeira edição do Rock In Rio.